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Terapia em Adultos e/ou Adolescente

Falando um pouco da Abordagem Cognitivo Comportamento, ao qual eu sigo no set terapêutico.

A função do terapeuta é a correção dos pensamentos disfuncionais, ou seja a mudança dos padrões de pensamentos. Estes pensamentos aparecem em sua mente na forma de conversas internas. Sabe aquelas coisinhas que você vice dizendo pra você mesmo, que às vezes são coisas boas, mas outras vezes são tão terríveis que você nem percebe que está sendo seu próprio carrasco?

São estas conversas internas que determinam todo o seu sentimento e seu comportamento.

Por exemplo: Tem uma pessoa andando na rua a sua frente e você pensa: “Olha aquela pessoa  tão magrinha, bonita, eu jamais vou conseguir ser como ela”. “Eu só faço besteiras, meu Deus, tudo o que eu faço sai errado”. Isto é pensamento disfuncional.

O terapeuta o ajuda a parar de falar bobagens para si mesmo

É por causas dessas bobagens que você diz pra você mesmo que você acaba tendo comportamentos disfuncionais. Você se prepara pra isso, pois quanto mais você diz palavras de depreciação pra si mesmo, mais acreditará e acabará fazendo essas coisas acontecerem.

O ser humano tem uma tendência louca para ter razão. Parece que ter razão é melhor do que se sair bem.

Por exemplo: Se um aluno diz: “Estou tão nervoso que não vou conseguir responder nada e serei reprovado”. Ao dizer isso pra si mesmo ele se prepara pra ser reprovado, e quando o pior acontece, ele diz: “Eu não disse, eu sabia que seria reprovado”. Parece que ter razão é mais importante do ser aprovado. Quantas vezes você mesmo não percebeu uma ponta de decepção no rosto de alguém, que conseguiu algo muito bom. O terapeuta ajuda a tornar este processo consciente e a combater este autoboicote.

Tem gente que ganha aumento mas parece que recebeu uma péssima noticia, porque falava pra todo mundo que naquela empresa ninguém jamais iria reconhecer seu trabalho. A cabeça da pessoa começa a trabalhar contra si mesmo. Isso é o que se chama “Profecia que se auto-realiza”. A pessoa prevê que algo ruim vai acontecer, e então ela mesma se encarrega, inconscientemente, de fazer a coisa acontecer. Isso não se trata da "força do pensamento negativo", se trata das coisas concretas que a pessoa faz para se autoboicotar.

Por exemplo: A pessoa diz: “Quer ver que eu vou ficar sem graça, vou fica vermelho e não vou conseguir conversar com ninguém na festa” e, pronto! Vai pra festa e não conversa com ninguém mesmo.

Isso é o que na Terapia Cognitiva se chama Pensamento Automático. Ter consciência desses nossos pensamentos automáticos é fundamental pra gente entender essa nossa cabeça, que muitas vezes parece que trabalha contra a gente mesmo.

PAN - Pensamento Automático Negativo

Pensamento automático é tudo o que passa na cabeça, e a gente tem CERTEZA que está certo sem antes contestar.

Por exemplo: “Eu jamais vou conseguir enfrentar minha mãe, ela é muito dominadora, sempre foi assim e é impossível eu mudar isso”. Esse tipo de frase te deixar mais depressiva ainda. Porque isso é uma auto condenação. E quando você diz esse tipo de coisa você está se programando pra não mudar essa situação.

Mas o que fazer? Então é só terapeuta  mudar as coisas que a gente diz pra gente mesmo? Seria muito bom se fosse tão fácil assim. O negócio é que o ser humano é resistência à mudanças. È por isso que é quase impossível as pessoas mudarem sozinhas, porque elas ficam rodando em círculos, se tão tiver uma mão que vem de fora, a pessoa fica marchando no lugar.

Na terapia  fazemos esse trabalho. É por isso que eu gosto muito da linha que eu adotei, que é a terapia cognitiva comportamental (TCC). É a oportunidade de treinar a pensar de uma nova maneira, mas de forma que não sejam só palavras vazias que você diz da boca pra fora,mas falar coisas novas e sentir coisas novas também.

Psicoterapia

O trabalho na terapia começa com um treino em tornar consciente cada uma dessas coisas horríveis que você diz pra si mesmo. Depois você vai aprendendo a mudar cada uma delas. Pra isso tem exercícios, tem lição de casa pra você levar a terapia pra sua vida. Não é só uma conversa com o psicólogo uma vez por semana, é uma forma de, de fato, alterar as coisas que não estão funcionando na sua vida.

Mas porque o ser humano é assim? Porque as pessoas falam mal de si mesmas? Elas acreditam nisso, não usam a razão, se baseiam na emoção negativa, quando seria o momento de avaliar essa emoção e verificar se, de fato, encaixa.

Por exemplo, uma pessoa deprimida. Pode ser que essa depressão tenha se iniciado quando algo ruim tenha acontecido na vida dela. O namorado terminou de forma inesperada e injusta, ou a pessoa perdeu o emprego, ou de repente ela percebe que tudo o que aprendeu não tem mais serventia porque o computador faz tudo sozinho e ele teria que aprender novas coisas.

Enfim qualquer coisa pode ser o gatilho para um processo depressivo. Mas notem bem, eu disse gatilho, porque o que determina se a pessoa vai ficar depressiva não são as coisas que acontecem na vida dela, mas a forma como ela vê e reage a essas coisas. Prova disso é que nem todo mundo fica depressivo quando perde o emprego. Tem gente que ganha novo gás e vai pra luta procurar outra coisa.

Falando desta pessoa que ficou depressiva quando algo ruim aconteceu - A partir desse primeiro evento negativo a pessoa começa a dizer pra ela mesma que nada de bom vai acontecer na sua vida. Ela cruza com um conhecido na rua e ela não a cumprimenta e pronto, logo ela já pensa que ele está com raiva dela. Aí ela vai trabalhar, não encontra aquela pasta importante de documentos, e pronto já pensa que a estão boicotando e querem demiti-la dessa empresa. E por aí vai.

Vá dizer pra essa pessoa que ela não está correta em seus pensamentos! Ela se defende com unhas e dentes. “é claro que o mundo está contra mim, você não está vendo?”

Mas isso é apenas uma conversa interna negativa. Não será, necessariamente, correta.

A grande “sacada” é aprender a identificar e contestar fortemente esse tipo de conversa interna.

 

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